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Petroleiros param nesta sexta-feira para avaliar greve contra privatizações da Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou uma paralisação nesta sexta-feira, 24, para discutir uma greve contra as privatizações da Petrobras. A categoria questiona os atuais diretores e conselheiros da estatal, que estão prosseguindo com as vendas de ativos que já estavam em processo avançado, como os Polos Norte Capixaba, Golfinho, Camarupim, Pescada e Potiguar e Lubnor. Iniciados no governo de Michel Temer, os desinvestimentos de ativos da Petrobras têm sido alvo de pressão não apenas dos petroleiros, mas também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, são contra as vendas, que estão suspensas por 90 dias desde o dia 1º de março. Durante o governo Bolsonaro, foram vendidos 54 ativos da Petrobras, alcançando a marca de R$ 175 bilhões, ou 62,3% do total de vendas realizadas pela empresa em oito anos. No total, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2022, a estatal se desfez de 70 ativos, obtendo R$ 281 bilhões, segundo o Observatório Social do Petróleo (OSP).

A FUP afirma que a atual diretoria bolsonarista “está correndo contra o tempo” para vender os ativos que já estavam perto de serem alienados, e por isso decidiu parar para avaliar quais medidas poderiam ser tomadas para evitar a concretização das vendas, como uma possível greve. Em visitas ao Nordeste, Prates prometeu que a estatal vai continuar na Bahia e no Rio Grande do Norte, dois estados que a Petrobras ficará sem ativos se as vendas forem concretizadas (Polo Potiguar e Polo Bahia Terra).

De mãos atadas até a próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 27 de abril, que vai mudar os conselheiros da companhia, Prates segue sendo pressionado para interromper as vendas, mas tem sido derrotado pela pressão contrária do Conselho e da diretoria.

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