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Petrobras quer reajuste de 43,88% para diretores. Salário de Prates pode chegar a R$ 167 mil

A Petrobras tem planos de oferecer uma considerável elevação salarial aos seus diretores, conforme anunciado em comunicado divulgado pela empresa. O Conselho de Administração aprovou, por maioria, a proposta de correção da remuneração fixa dos administradores da companhia pelo INPC do período de 2013 a 2022, totalizando um aumento de 43,88%. No entanto, a decisão final será tomada durante a assembleia de acionistas, que ocorrerá em abril e na qual o governo detém a maioria dos votos.

A última vez que houve reajuste nos salários dos diretores foi em 2016, segundo a Petrobras. No ano passado, o salário do presidente da companhia era de aproximadamente R$ 116 mil por mês, sem contar gratificações, benefícios e bônus. Caso seja aprovado o reajuste proposto pelo conselho, o salário do atual presidente pode chegar a quase R$ 167 mil mensais.

A empresa não revela os salários individuais de cada executivo, mas documentos divulgados pela companhia apontam que foram destinados R$ 37 milhões para o pagamento da remuneração total dos nove diretores estatutários, incluindo o presidente, no ano passado. No entanto, o valor efetivamente pago só será conhecido no dia da assembleia, no próximo mês.

Do total destinado, grande parte refere-se ao “salário ou pró-labore”, no valor de R$ 14,17 milhões. Além disso, há R$ 1,47 milhão em “benefícios diretos e indiretos” e R$ 13,099 milhões para a remuneração baseada em ações.

A Petrobras afirmou em nota que a proposta de reajuste será apresentada para avaliação na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de Acionistas, que ocorrerá em 27 de abril. A proposta também será submetida para análise da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. A empresa salientou que, caso aprovado pelos acionistas, o reajuste não terá efeito imediato e impactará a remuneração dos administradores somente após a data de realização da AGO de 2023.


Nova diretoria

Na última quarta-feira, a estatal anunciou a aprovação da nova diretoria da companhia, que será liderada por Jean Paul Prates. Com a decisão, sete novos diretores foram nomeados para assumir cargos na empresa, elevando o total para nove. O mandato da diretoria terá início no dia 29 de março e se estenderá até abril de 2025.

Além dos novos diretores, a diretoria executiva será composta por Prates (presidente) e Salvador Dahan (Diretor Executivo de Governança e Conformidade), totalizando nove membros. Entre os sete novos nomeados, três foram escolhidos externamente, incluindo Sérgio Caetano Leite para a direção Financeira e de Relações com Investidores, Clarice Coppetti para a diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, e Carlos Augusto Barreto para a área de inovação e transformação digital.

Os outros quatro novos diretores são funcionários de carreira da estatal, incluindo Joelson Falcão como diretor de Exploração & Produção, William França no comando da área de Refino e Gás Natural, Carlos Travassos para o Desenvolvimento da Produção e Claudio Schlosser para Comercialização e Logística.

As indicações foram submetidas a procedimentos internos de governança corporativa, incluindo análises de conformidade e integridade, com a avaliação do Comitê de Pessoas da estatal. O Conselho de Administração também reconduziu Jean Paul Prates para mais dois anos de mandato, até abril de 2025.

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